TAEKWONDO

Taekwondo (em coreano태권도AFI[tʰɛk͈wʌndo]) , também grafado tae kwon do,[1] ou TKD, é uma arte marcial[2] sul-coreana que originou um esporte de combate. Hoje em dia, é um desporto difundido em todos os continentes. O taekwondo é um esporte integrante dos Jogos Olímpicos.

O nome “taekwondo” se origina da fusão de três ideogramas coreanosː

 

Tae (Pés)

kwon (Mãos)

Do (Caminho)


Em sentido global, taekwondo indica a técnica de combate sem armas para defesa pessoal, envolvendo destreza no emprego das mãos e punhos, de chutes voadores, de esquivas e interseções de golpes com as mãos, braços ou pés, para a rápida destruição do oponente. Hoje em dia, o taekwondo tornou-se olímpico, e, em muitas academias, pratica-se o taekwondo olímpico. Basicamente, é um desporto de chutes com muito poder de explosão.

Nos Estados Unidos país onde o karatê era a arte marcial predominante nos anos 1980 e 1990, o taekwondo foi, por muito tempo, ironicamente chamado de “karatê coreano”. As artes marciais coreanas vêm se desenvolvendo ao longo dos anos, mostrando que a Ásia não se limita apenas ao Japão ou à China. O taekwondo é bem mais que medalhas, títulos ou promoções dadas aos vencedores de “competições” por aí afora. O taekwondo é a capacidade de vencer uma dificuldade pessoal, é desenvolver outras áreas da vida pessoal por meio da ética empregada no treinamento do taekwondo.

Nos Jogos Olímpicos de Verão de 1988, teve seu “batismo de fogo”, quando foi um desporto de exibição, continuando com este status nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Em 1993, o desporto foi adicionado ao programa olímpico oficial, integrando o programa a partir dos Jogos Olímpicos de 2000.[3]

HISTÓRIA DO TAEKWONDO

A mais popular das antigas artes marciais coreanas era o Taekkyeon, um dos segmentos do Soo bahk do. Apesar da rica história em artes marciais, as artes marciais coreanas desapareceram na obscuridade durante o final da Dinastia Joseon. A sociedade coreana tornou-se altamente centralizada e as artes marciais passaram a ser mal-vistas em uma sociedade cujos ideais eram simbolizados por seus reis-eruditos.[4] Durante seu reinado, Joseon consolidou o seu domínio absoluto sobre a Coreia, incentivou o fortalecimento dos ideais e doutrinas confucionistas na sociedade coreana e importou e adaptou a cultura da China. No entanto, a dinastia foi severamente enfraquecida durante o final do Século XVI e início do Século XVII, quando as invasões pelos vizinhos Japão e Dinastia Qing ultrapassaram a península, levando a uma política cada vez mais dura de isolamento, pelo qual a Coreia se tornou conhecido como o Reino Eremita. No entanto, o Taekkyeon persistiu até final do Século XIX.[5]

A arte marcial coreana surgiu como forma de renascimento depois dos conflitos e período de Ocupação japonesa da Coreia (1910-1945), quando houve supressão sistemática da cultura da Coreia.[6] Foi neste período que o Taekkyeon ganhou um grande impulso e teve desenvolvimento expressivo, tornando-se um dos requisitos para ingressar na vida militar. Nesta época, os progenitores do taekwondo foram enviados ao Japão, sendo expostos às artes marciais japonesas,[7] enquanto outros foram enviados para a China e Manchúria.[8][9][10][11] Quando a ocupação terminou em 1945, as escolas de artes marciais (Kwans) começaram a abrir na Coreia.[8][12] Existem diferentes pontos de vista sobre as origens do Taekwondo. Alguns pesquisadores acreditam que o taekwondo foi inteiramente baseado no caratê,[13][14][15] pois possui técnicas e posturas que são idênticas às do caratê. Alguns acreditam que o taekwondo foi baseado em antigas artes marciais coreanas: Taekkyeon e Soo bahk do,[11][16][17][18][19] ou foi resultado da fusão entre artes marciais coreanas e estrangeiras.[8][20][21][22][23][24] O Taekwondo originou da fusão de três estilos de caratê: o Shotokan, o Shudokan e o Shito-ryu. Durante a invasão da Coreia pelo Japão, os jovens ricos coreanos eram mandados para o Japão e, lá, aprenderam as artes marciais japonesas. Retornando, criaram os Kwans, mudaram os nomes, acrescentaram uma ou outra técnica e criaram o Taekwondo e as outras artes marciais coreanas.[5]

NO BRASIL

No Brasil, em julho de 1970 em São Paulo, trazido pelo grão-mestre Sang Min Cho, enviado oficialmente pela Internacional Taekwondo Federation, com a fundação da Academia Liberdade de Taekwondo. Posteriormente vieram os mestres: Sang In Kim, Myong Jae Han, Kiong O Han, Kun Mo Bang, Kum Joon Kwon, Woo Jae Lee, Kwang Soo Shin, Hee Song Kim, Yeong Hwan Park, Soon Myong Choi, Ju Yol Oh, Te Bo Lee, Hong Soon Kyang, Sung Jang Hong, Yong Min Kim entre outros, também se estabeleceram no Brasil, proporcionando um desenvolvimento maior da arte.

Natália Falavigna, uma das maiores e mais vitoriosas lutadoras de artes marciais do mundo, é a brasileira com maior número de medalhas internacionais no taekwondo em toda história, única atleta no Brasil campeã mundial de taekwondo nas categorias júnior, adulta e universitária. Natália também é a primeira medalhista do esporte para o Brasil e a única mulher brasileira medalhista olímpica de taekwondo. Conquistada em Pequim 2008.

Outro lutador de taekwondo que conquistou uma medalha nas olímpiadas foi Maicon Andrade. O atleta conquistou o bronze na categoria +80kg nas olímpiadas do Rio 2016

Atualmente, o taekwondo é uma arte marcial muito praticada em vários locais do Brasil e por amplamente difundida em escolas públicas e projetos sociais, por sua facilidade e engajamento com crianças.

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